quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Escassez

Nem que  toquem trombetas nos céus, ou
que um dilúvio se agite, mesmo que um
vulcão, com estrondo se aviste!
Não importa qual o drama, nem mesmo o 
silício da lama,
A dor e o sofrimento, nunca estão num
comício...é triste!
Estão nas entranhas dos pobres, e nos seus
ossos doentes,  na falta dos dentes, na fome
e  na ignorância, estão...
Estão nas angústias das gentes, que clamam
manutenção. Não há sobre a mesa comida,
nem fogo, nem água ou pão...
Dos farelos, comem com os bichos, abandonados
no sertão...
A escassez, não está lá no comício, há muito foi 
esquecida, atirada em precipício, e nunca mais 
será vista...
E o que dizer das águas, que não jorram do 
São Francisco...Nem por milagre  saem das pedras,
muito menos de orifícios! Pela seca  são
levadas no vapor, entre a febre e o calor...
Como levadas  também, muita gente inocente! Com
deboches e sorrisos, acreditando em presentes...
Contrariam a fé viva, entoando lindos hinos!
Como se fossem eternamente meninos, e como se fossem
felizes...
A escassez é tirania, insensatez e deslize,é a ganância firmada,
consolidando revides!



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