Há um certo prazer em transferir sobre o ombro alheio,
toda frustração, todas as culpas pelos enganos, pelas
precipitações. Há um fluxo... apontamentos que vão
atingir de forma contínua e direta, àqueles, a quem nós
de algum modo subestimamos por causa da ingenuidade
ou mesmo pela humildade...
Há uma covardia voraz, que bloqueia qualquer iniciativa
de progresso, principalmente quando esse progresso está se
revelando numa camada mais simples, menos burocrática...
Transfere-se o caos do mundo, sobre o ombro alheio, todas as
vezes em que não se tem a capacidade de prosseguir, de lidar
com as frustrações e os preconceitos...
A verdade é que sempre haverá um esquema sólido de culpas,
de acusações, de desculpismos, de sórdidos ataques, de uma
espécie de vitimismo...e o tempo todo, onde crescem o orgulho
e a vaidade, estará presente a arrogância.
O ponto é... se queremos ou não, a evolução e o progresso. Se
queremos ou não, a ordem, a paz da terra, o fim das diferenças
de raça ou religião.Somos um corpo,com lados direito e esquerdo!
Até onde vai nossa capacidade de união e otimismo, de seguir
adiante, de amor ? Respeitar aos outros, é respeitar a si mesmos!
Ser cristão ou ateu, ser ilustre ou pessoa comum, pouco importa,
somos de uma mesma espécie, temos as mesmas obrigações de
amar e servir, de buscar o entendimento, estamos todos num
mesmo barco, e no túmulo, quando a morte nos ceifar, estaremos
em condições de igualdade, na dor e na saudade.
Não podemos ser hipócritas, é só e tão somente uma questão de
tempo...