segunda-feira, 29 de junho de 2015

Cortinas...

Vemos o céu com suas trilhas de estrelas, vemos o
Universo num desfile cósmico...transcendental!
Vemos a sabedoria divina, que não é nossa, sentimos
o ar...
Vemos vidas nascendo e outras sepultadas, vemos a dor
espalhada, mas, dizemos que é a "vontade do Criador".
Vemos crianças crescendo em flores, esperando os
seus jardineiros, que folgam, se dizendo cansados...
Vemos o amor maternal, e a falta de pai!
Vemos as paisagens entre as montanhas, caladas há milênios,
donde muitos ainda não  escalaram.
Vemos pedras e cristais colorindo paredes , onde nunca precisaremos
mudar os temas, mesmo porque não são nossos!
Vemos pessoas enrugadas, ansiosas para que o relógio marque mais
alguns segundos de vida, e vemos as marcas pelo calejar das mãos,
cujo maior investimento, em sua maioria, foi o trabalho...
Vemos! Oh sim, vemos tantas carências , fomes e guerras ,ainda não
nos acostumamos com essas assombrosas cenas, mas as repetimos o
tempo todo. Então ,criticamos as coisas mais corriqueiras e banais,
para dizer que nos importamos...só para desviar nossas fraquezas...
só para disfarçar nossas fraquezas...

sábado, 20 de junho de 2015

Abrir o riso...

Abrir o riso enquanto se abre a flor!
Abrir  claridade onde a noite é treva.
Abrir  o riso, a paz... a cor.
Abrir os olhos para ver melhor, abrir 
a boca para beber o hálito da manhã!
Abrir fronteiras que bloqueiam sentimentos.
Abrir caminhos para o perdão, para ser sol...
Abrir um livro bom, um perfume que agrade, 
uma fresta na janela para esperar o dia chegar!
Abrir  a porta da solidão, deixá-la passar...
Abrir o riso, a alegria e a vontade de falar o que
o silêncio não deixa, o que o coração queixa, a 
caixinha de Pandora sem ter medos...
Abrir o tempo mesmo que chova, abrir os portais 
da vida e deixar o amor  nascer, deixar  viver e
renascer  no riso, o botão em flor!


domingo, 14 de junho de 2015

Instrumentos...

No domínio da natureza  somos instrumentos que ardem em 
cortes profundos, é quando estamos a cavar tesouros, sem ao 
menos pequeno apreço  pelo que não é eterno, pelo que se faz 
extinto. Somos tiranos ao nos desdobrarmos em movimentos a favor 
da destruição de vidas, com o aborto, das quais, nos acreditamos donos...
Somos cruéis na hipótese de vingança, no julgamento e nos mais 
acalorados sentimentos de ódio e de abandonos...
A injustiça é parte dessa incoerência no mundo. Somos  inteligencias 
pedindo reparos, o preconceito e a razão... Somos a falta de educação!
Somos ilhas de egoísmos, aclamando atenção... Somos um império de 
enigmas e religiões...
Somos autenticidades na fé e não conhecemos o perdão.  Ainda se usa 
justiça com a própria mão e a pobreza é dura demais para estar presente
em qualquer reunião... Somos uma Nação, mas abdicamos  ao ventre... Nos
lançamos à outros rumos, sem guardar nossa história, somos ausentes!
Para a pureza infantil,  dá-se cartilhas, cujo aprendizado compete à 
família...o sexo e o retrocesso! Nem ciências ou matemática, e  sim,  nossa 
Língua em decadência, destroçada, banalizou geral! Será sempre carnaval o 
melhor "estado "do Brasil, não esquecendo o futebol, difícil de ser engolido.
Somos tão bons e tão maus, que nem sabemos porque aqui fomos nascidos...
Mas, entre mortos e feridos,  o consolo... Somos humanos afinal!

sábado, 6 de junho de 2015

lucidez...

Nasce, morre e volta, se esconde. Até onde sacrifícios?
Nasce, cresce e concorre, estremece... se faz e adormece.
Se muda pra longe... Até onde?
Nasce e  renasce, atravessa o dia e escurece nas ruas.
Solidão... se embriaga... até onde ? É doença? É vício?
Nasce, transborda e viaja, navega por águas, cavalga
por montes, até onde?
Nasce e renasce.... muito mais do que antes, naufraga 
e sofre, até onde?
Nasce e planeja, sustenta e renega. O fogo o consome e
então some, até onde?
Até onde vai a vertigem do ser, a fome,  o querer?
Até onde a maré vai subir sem que se afogue numa espuma
de praia? ... Até quando a areia quente espalhada  apagará
seus  rastros ? Até onde?
Até que se ria de mim, de você ou do mundo... Até que
ninguém mais se importe? Até onde seus olhos enxerguem,
ou não! Até que tudo esteja  consumado. Uma dose? 
Até onde é o limite do infortúnio? Para onde vão todos os
passos desequilibrados? ...Desavisados, bêbados  e loucos conseguem ir? 
Até onde? Trançando  caminhos ? Haverá nos bolsos convites 
ao céu quando a lucidez  retornar?  Existirão aplausos ou paz ?
Irão continuar carregando um  dragão no sopro?... Até onde?
Beberão! Brindarão as fantasias e  permanecerão iludidos com
seus próprios manifestos de indignação, na soleira da porta
temporal dormirão ... Até quando?

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A cara metade...

Para todos nós há uma metade guardada, o que se 
pode chamar de "sua parte", a parte que te cabe.
A parte que possui com mérito, e é só sua...
Há sempre uma parte que nos complete e que
nos satisfaça, características comuns à outra  
parte, de modo, que há sempre alguém esperando o
encontro dela, uma conexão nem sempre atingida.
Embora existente, não está à disposição... o que nos
parece ser justamente aquela parte que poderia nos 
completar, a conexão perfeita! Ilusão!
Quando duas partes iguais, ou mesmo semelhantes
se encontram, a ação num primeiro instante é de 
positividade, êxtase, paixão e encantamento...
A convivência  permite a princípio, conhecer melhor 
a outra parte. Mas  o tempo que é o dono da razão, faz
com que se  estabeleça uma ideia mais precisa de uma 
e outra. É aí, que ao se observar melhor vem um choque,
deparando-se com os limites da outra, as digitais. Nota-se
que a outra parte, já era acostumada consigo mesma, que
era absoluta, tinha sua própria  marca, sempre em 
prontidão para ser inteira e com personalidade egoísta.
E a outra, começa a se assemelhar, como uma saliência, algo 
que antes não existia ali, então, a própria semelhança que 
se manifestava em demasia, torna-se conflito.Os iguais,
por anseios de liberdade, vaidosamente concorrendo entre si, não 
mais se adequam, buscam o diferente, a novidade...
As duas partes, desconexas então, se repelem pelo fato 
de "serem."  O igual, elas já conhecem. Não amplia, não agrega...
Nos conhecendo a fundo, nos tornamos inteiros e de repente,
viver sozinhos nos deixaria mais exatos, mais coerentes!
Portanto, almas gêmeas serviriam apenas para difundir o que há de 
espiritual, sensível, e livre de tudo o que seja disputa ou inveja.
O respeito pela individualidade  justificando a amizade, seria  a 
harmonia para ambas as partes, traria a soma de luz interior que
enaltece,  eternizando  carinho e afeto, transformados pelo tempo 
em puro amor...
Entendo que uma metade perfeita, pode ser exatamente aquela que
se dispõe a  compreender nossas diferenças, aceitando-nos apesar 
delas...

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Pequeno desabafo...

Abaixo os que  pisam seu próximo, pisam as flores e todo um jardim.
Abaixo os infelizes que se sentem grandes ao humilhar e maltratar 
animais!...Caiam de seus tronos, os que acreditam-se superiores, e por 
isso, derramam a arrogância,  exploram e fazem escravidão...não têm 
um mínimo de respeito pelo planeta !
Abaixo, pois, a hipocrisia! A guerra santa, a tirania...o preconceito e
as diferenças raciais. Somos constituídos pela mesma massa, somos
iguais, mudam os olhos, as cores, as  comidas, mas por dentro, temos 
sempre a igual vida. Temos sentimentos e razão...Mas nossas almas,
muitas vezes, estão distorcidas pelo ódio e desamor... 
Então, vem o crime, a corrupção!
Crime  e terror!...Brigas por time ou religião!
Abaixo! As  "baixezas", as "vilezas", o orgulho de "ser !"... Abaixo também, 
os indiferentes e os covardes...a falta de perdão!
Abaixo! Temos que  aumentar  a união, desenvolver o milagre da paz!
Podemos e devemos  transformar,  fazer o amor e a luz virar moda e não
uma esmola que se estende, mas,  uma alternativa para nossa evolução.
Abaixo, sentimentos envelhecidos!
Homens evoluídos,  constroem... educam, não matam!