segunda-feira, 30 de junho de 2014

Divergências...

Equilíbrio, força, razão e vontade...
Tantos pontos interligados à favor
da sanidade.
A loucura sempre à espreita com os
matizes da vaidade, confundindo mentes
cultas, maquinando a liberdade.
Alguns tentando estancar o mal,
subjugando o viver...outros usando a 
malícia, fazendo o mal renascer.
Somos sempre linhas opostas, tentando
compreender...
O abismo do orgulho que nos exalta, faz o delírio 
vencer.
O criticismo* impera, em busca da verdade, 
porém, somos vísceras, sentimentos e também
individualidades.
As sensações nos oprimem, jogando-nos à 
moralidade. O medo de muitos séculos em 
calabouços do fascínio,leva todos os pensamentos 
à religiosidade em declínio.
Contudo,  há uma saída? O que gera preocupação,
é o imediatismo que corre na veia da obsessão, e
formam novos abismos prendendo-nos o coração!
É preciso sanar egoísmos, para não sofrermos 
em vão.


criticismo* = sistema filosófico que procura determinar
os limites da razão humana;racionalismo crítico.
calabouço = prisão subterrânea
divergência= Ato ou efeito de divergir
divergir= não se combinar;discordar.
declínio=  decadência;próximo ao fim.
espreita= Ato de espreitar;estar  à espreita,
indagar,tocaia;...
estancar= deter ou fazer parar o curso,impedir
a corrente do líquido;
fascínio=fascinação; encantamento
imediatismo= Ação feita diretamente;ação de fazer as coisas
sem consulta ou recurso a outrem;ação de benefícios transitórios
ou resultados momentâneos, sem medir consequências futuras.
matiz= gradação de cores,combinação de cores 
diversas;
moralidade=conduta regular;caráter moral das pessoas;
pudor.
obsessão=preocupação constante;ideia fixa

domingo, 29 de junho de 2014

O que a sociedade pede?

O  que  a  sociedade  pede?
Pede  que  haja  providência, 
diante  de  tanta  violência!
Mas,o que a sociedade pede?
Pede melhoras com urgência,
Já não há mais paciência...
Não temos suportação,o tempo
vai se esgotando e com ele nossa
razão,estamos nos perdendo, será 
que estamos morrendo?Inertes não
somos Pátria, muito menos cidadãos!
Mas, o que pede-se exatamente?
Pede-se uma voz de experiência,que
renove a decência  e dê rumo à Nação!
Para a criança o cuidado,o teto; ao 
idoso a atenção,protejam as nossas 
fronteiras, que o doente receba respeito
e que melhore a educação!Pedimos ainda
ao Governo: que nos dê além da Copa,uma 
grande emoção...que acabe a impunidade,
que seja para a vida inteira, banida a
corrupção!




quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sinceramente...

Estou  ficando  pobre de sentimentos
envelhecidos...
Estou pobre também, de compreensão 
das coisas que se dizem verdades e não 
são, mas já não importa...
Quero o hoje, mais do que o ontem. Sonho 
com o amanhã!
Quero riquezas de detalhes na expressão 
e sonho com dias melhores.
O hoje é fundamental na emoção e nas 
feições infantis,  nos abraços sinceros!
As asperezas e angústias servirão de avisos 
na estrada e o ontem mudará de cara...
Serão lembranças transformadas  em doces 
registros de alegrias, porque pudemos sorrir.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O chão...

O chão que pisas, é teu!
É teu o chão que faz com
que caminhes,é o teu norte
e o sul, é meu e teu...
O chão que pisas, te dá seguros
sentimentos de que tens liberdade, 
dali tiras pedras e obstáculos, do 
teu chão!
Plantas e colhes o alimento,onde o 
chão já tremeu,nesse mesmo chão 
outros caminham entre o nocivo e 
o inofensivo,ali se criam e se convertem 
em cadeia de fome e comem...assim, o 
supérfluo também...
O submundo espera ansioso por farelos 
que são quimeras* ...
O teu chão no meu e no de muitos, são 
beiras, são o acúmulo e as faltas,também,
desperdício e fundo.
Há os que pisam o chão e se afogam num 
lamaçal suspeito, onde a vida se inclina 
corrupta e inatingível,mas,por pouco tempo,
o chão que às vezes se beija com respeito,
traga os corpos do bem e do mal,traga as
histórias sem fim...
O teu chão é o limite do teu céu e do teu
inferno,é o meu e o de muitos!
O chão silencia todos os passos numa campa
santa,que em breve instante se aflora em veneno
ou flor,outra vez ...mas é o teu chão,o nosso e o
de muitos que definem as raízes e os bens!




beira=borda;proximidade;orla;aba de telhado.
obstáculo=estôrvo;embaraço;impedimento;dificuldade;
inconveniente;barreira.
quimeras*=Monstro fabuloso,com cabeça de leão,corpo
de cabra e calda de dragão.Nome de um peixe;fantasia;
produto da imaginação;utopia;absurdo.
submundo=o conjunto dos marginais visto como em
grupo social organizado.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sono...

Quando somente trevas se estenderem 
e não se puder mais enxergar a luz do 
dia, quando na estrada tudo for breu e
névoa espalhada...
Quando no sono do justo, a inércia o 
buscar na morte, então, numa réstia de
sol, com o suspiro de amor divino se 
romper a eternidade da solidão, o vazio 
e  o "nada",  se transformarão em uma
ocupação segura, de pensamento sólido,
e real , só então...
Quando a escuridão se for e o amor
permanecer, sem intenção de partir...
Tudo será novamente, tudo será 
semente de fé que se abrirá na claridade.
Só então, será plenitude, para aquele que
quer e  sabe renascer...

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Secura sem cura...

O chão seco  representado sob o 
céu azul extravagante,assume o 
horizonte...
Traz consigo no tempo, a fome, o 
fel, o esquecimento...disfarçado desde
longe!
Os velhos galhos, esturricados pelo Sol,
dão uma imagem de desterro, pobreza e 
solidão.
Nenhum pedaço de carne ou pão sobre 
a mesa, apenas um gesto seco de tristeza...
Nas camas de algodão, escurecidas pelo 
pó da terra, sussurram vozes de beleza,
suportando ano a ano as ambições de 
empolgação momentânea, fundadas na
incerteza,nas promessas, assim é o sertão...

terça-feira, 3 de junho de 2014

Enquanto...

Enquanto a  brisa da  manhã  vai 
tomando o espaço , o  raio  de  Sol 
vem trazer  a  esperança...
Ouço  no canto dos pássaros, o 
clamor da mata. Ouço o sufoco das
gentes,vindos em sons da longa estrada, 
logo em frente...
Os pássaros reivindicam liberdades aos
que estão cativos...
As borboletas nos ensinam os encantos da
lida, calmamente, transbordando cores!
As gentes que por aí deslizam em seus carros,
vão clamando  a Deus, o Senhor de tudo, algo 
que por dentro,  o sentido é mudo...Se desesperam
por uma solução qualquer.Clamores de gentes 
desconhecidas, aflitas...outras, felizes, tão felizes 
que se distraem com a vida! Apressadas...
Enquanto a brisa da manhã vai tomando o chão,
o Sol  vem rompendo com a esperança, timidamente
a nos dizer "Bom Dia"!