sábado, 25 de abril de 2015

Dia do amor ou de amor?

Um brinde aos que se amam,aos que de fato
amam...
Nas ilusões contidas nos corações apaixonados,
há sempre uma porção de alegria e fantasia...
Com  o amor tudo pode,tudo renasce em luzes,
todas as coisas são importantes,mas o amor...ah,
só o amor é capaz de mobilizar os mais frios dos
sentimentos.No amor  nos sentimos vivos e somos
mais humanos ,até o que antes  do amor nos 
aborrecia,vira motivo de dedicação,de caridade,
vira uma explosão de entusiasmo...
Quando estamos apaixonados,suportamos os 
mais duros golpes que a  vida possa nos dar,não 
existem obstáculos...resolve-se facilmente qualquer
problema...Ah,o amor...um lindo sonho,uma linda
história...Sem nos esquecer de que no amor tem um 
pré-requisito,antes de amar e se apaixonar,´precisamos
transbordar  nossa alma em  aceitações,em verdades,em 
lealdades,precisamos nos encher de renúncias das quais
nem todos entendem...no amor,as  diferenças fazem  as
diferenças e se não houver um mínimo de perdão..."Adeus
amor ..."Amor verdadeiro é Divino,podemos sentir!
Não sabemos de que forma seremos atingidos por esse 
fantástico  elemento cósmico,mas,sabemos que é o mais
adorável vício que se pode ter na terra,a melhor mania e o 
maior  compêndio do ser...No dia do amor,amemos sim,todos
os dias ,é o segredo e a razão dos nossos dias!


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Que pena...

Que  pena... qual é a pena? Qual nada!Tanto faz!
Somos reféns de um esquema...barca furada nos 
tornamos. Nós, a sociedade , que pagamos a pena,
pagamos o pato,e muito mais...
O que importa, é que no fim do ato,vamos sim,
sentir de fato.
Ainda de quebra, escutamos que fomos culpados.
Que "nós sociedade", marginais criamos..." Será?
Foi a  falta de educação dos pais, ou  abandonos!
Pode até  acontecer um lado isolado, mas a real,
é que de um modo geral, isso tudo  virou uma
questão desleal, desvios de verbas, obras não
concluídas,  ou formação moral não aprendida.
Consequências da própria vida? Simplesmente
abuso de uma geração mal resolvida? Ou seria de
uma população sem medida? Não! É pura corrupção!
A verdade é que temos espaços vazios, os valores estão
inversos e sem estruturas, sem água pura, ou mesmo,
uma vaga num hospital. Temos um Nordeste  sempre
esquecido, é um tumor que envergonha escondido, seco...
Um sistema educacional  falido... Quando tudo isso
será corrigido?Estamos num dilema!
Quem paga a pena?
E a pena de morte que aí já está?Quem haverá de
parar?...O crime acontecendo sem problemas, saem
pela porta da frente e ainda mostrando os bons
dentes...
As mulheres sendo humilhadas em estupros, mortas e 
desrespeitadas...o que será? Em tudo  um riso ou sarro,
desacato, com frieza . De quem  a culpa? O quê está errado?
Dizem...é a roupa que  elas têm usado!
E a dengue  se multiplica...ninguém faz nada, complica!
Sonhos de vida melhor? Haitianos em descaso, mas que pena,
o brasileiro  é quem paga a cena... Amazônia em extinção!
Nossa madeira, como sempre sendo levada pela corrente, num
rio  em mutação... Que pena, nosso país perdeu a visão! Estamos 
todos cegos...também estamos mudos...sem mobilidades  e sem
aparente solução...nem esquerda nem direita,mas, contramão!


Indiferença...

Penso que a indiferença, é olhar nos olhos vendo a dor 
nascida, e passar...
Que o indiferente sacia-se na sede alheia ,em meio à seca...
A indiferença caminha lado a lado com a necessidade,
mas permanece cega pela vaidade.
A indiferença rouba a própria oportunidade de fazer o 
bem...
Penso que  a indiferença é arma mortífera que extrai vidas 
a cada segundo,sem dó,calando-se junto  à violência...
Trágico egoísmo ,que ignora  as lições do Cristo, que se 
acomoda na maneira irresponsável de amar ao próximo.
Indiferença  é manter a hipocrisia, ao achar que não se tem 
nada com isso, que não há necessidades , que as mesmas , são pura
falta de fé ou vício da pobreza, causada por não se ter   amor próprio.
A indiferença não sente fome nem sede, nem mesmo frio,está fechada
para as tristezas  nuas...
Indiferença é querer ser feliz, o tempo todo, sem se importar com as
aflições das ruas, permanecer calado  para as ocorrências  no mundo...
Indiferença é falta de amor!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Intensa...

Intensa como uma ventania expondo os poros em arrepios.
Intensa,intensa ,intensa!Como quem ao amor próprio 
dispensa...
Intensa para cavalgar entre sonhos de liberdades.Intensa,
na expressão do querer,na intenção de saber!
Intensa como o turbilhão de águas em alto mar...Intensa como
a ideia de Ser,como um prazer que se multiplica e invade.
Intensa como a brancura da neve,gélida como a morte...
Intensamente branda no perdão,na hipótese do ódio cruzar
caminhos e intensa em passividades ao compreender destinos.
Intensa,intensa e intensa no sentir,como quando se sente o 
buquê e o sabor de um vinho...Intensa,feito calor que passa em
ondas ,derramando suor.
Intensa como uma orquestra sendo deleitada aos  ouvidos,cuja 
mansidão integra almas ,acalmando delírios.
Intensa e indignada com o desapreço e discórdia,intensa também
quando já se envelheceu...
Intensa como bandeiras  desfraldando-se em paz,e por todos os 
cantos em que transborda quando se satisfaz...
Intensa força cósmica que surpreende a semente em momento de 
sono,mesmo entre a dor e o abandono...intensa como um lampejo 
de um cometa,como intensa é a voz do céu!
Intensa,tão intensa,que dissolve  o mais acomodado lamaçal, uma
intensidade terna que costumamos chamar de vida!

Vivi...

Há tempos me atrevi em  empolgante trajeto,mas,
supondo que no final teria novas e suaves paisagens,
porém,à cada passo tudo se repetiu. O mesmo Sol,
as estrelas do céu...a  mesma lua!
No chão, os mesmos rastros de outros que por ali 
passaram,num mesmo desejo...caminhar!
Já    faz  tempo, deixei para trás trilhas pedregosas,
íngremes,mas,sempre iguais...
A estrada que  vi, as repeti  por vezes...Não vi todas as
possíveis mudanças que ocorreram...eram silenciosas,
parecendo eternizarem-se no torpor,em cansaço e solidão.
Vivi,com certeza vivi!Cada passo e amplidão! Vivi repetidas
vezes e morri...morri carente e renasci de forma consciente.
Repeti os mesmos passos por saudades,por amor,e versos fiz!
Fiz do rumo trilhado uma espécie de ritual  de espera,atrelada
à pormenores, resquícios ... presenças perdidas e tidas como
amáveis...mas se foram com a própria vida!
Há tempos sobrevivi,percebendo em todas as horas minha sombra
acompanhada...Nem era solidão,era o desconhecido habitando em 
volta!
Nem era  morte,apenas,uma pequena viagem mostrando outras
paragens. Nem eram iguais todos os caminhos como acreditei,
tinham suas próprias linhas,seus rumos cheios de particularidades...

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O amor...

O amor é como a flor, é perdão...
O perdão com dor, é sofreguidão.
Amor é pôr amor no coração.
Amor e dor não é amor, mas, paixão!
O amor sendo flor, não é "roxa"como  
está  no "ditado"...nasce  simplesmente!
O amor não tem cor, tem sentidos e 
sentimentos, às vezes tímidos e às
vezes, aparentemente isentos...São
calados,  também há os esquecidos,
com largas memórias de saudades.
No amor, mora de qualquer forma, 
nossa felicidade!

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Riquezas...

Sobre a mesa, sempre livros! Ao menos quatro, e todos raros,
destacando -se à toalha de renda branca,velha e já remendada.
No ar,um cheiro de café coado na hora. Uma linda e 
delicada xícara com bule de porcelana, a mesma, já gasta 
na beirada dourada.Um pedaço  de bolo quentinho
no prato... 
As cadeiras quase feitas à mão, velhas, mas detalhadas em  traços
de verniz. Alguns porta-retratos já se desmanchando...família!
Na soleira da porta, uma figa, isso, só por causa de crença
antiga!
A costura dobrada sobre a máquina de pedal, as agulhas
espetadas numa almofadinha, linhas coloridas, o dedal...
O vento, de quando em vez, só brincando com as pontas 
dos tecidos sob a janela aberta.
No quintal,um canário cantando humildemente, escravizado
à cultura da época,não havia consciência para deixá-lo em 
liberdade.
Na cozinha,sobre a pia,uma garrafinha de azeite e ervas finas,
panelas ariadas em brilho intenso,vasos com plantinhas ...por
toda a casa, suavidades e cuidados sem fim.
Pendurado ao lado do fogão de orelhas, um pano, galo e galinha
pintados com  humor. No forno, o pudim de pão!
Lá fora, o jasmim plantado de propósito em arco, enfeitando o 
portão...
Haviam caixinhas embrulhadas sobre um móvel, uma a uma,
amarradas com fino cordão e na parede, uma santa de devoção!
O que tinha nas caixinhas? Ah, tinha mimos de mocidades, de
vaidades, guardadas ao longo da vida.Botões bonitos, uns brincos,
broches e  velhos berloques, medalhinhas, anéis sem tanto valor...
Na sala, sobre a cristaleira, uma estátua de singelo jornaleiro, tudo
era assim,muito doce, muito deles, muito meus, meus avós...meus 
costumes, parte das minhas referências, riquezas sem fim...vidas...

sábado, 4 de abril de 2015

Nossa flor...

A flor de lótus, desabrochou sob a grande estrela da noite
no oriente...
Espalhou perfume de singelo frasco...como gotas poderosas
surpreendendo o mundo. Feito semente, germinou e trouce luz.
Nos passos firmes, carregando a perfeita harmonia, surgiu...
O grande homem que dali nasceu, ensinou o amor e o perdão.
Caminhou suavemente pelo deserto em provação e por seus 
semelhantes  fez o sacrifício. Humilhado e crucificado nos
aliviou o fardo e o cansaço, ainda o faz!
A flor de lótus se transformou em jardins suspensos de amor
para nos pregar a  verdadeira paz!
O amor do Cristo nunca terá sido em vão,
Feliz Páscoa  aos que acreditam!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Suavidades...

Um breve susto,e num instante a porta se abriu.
O vento corajosamente ,enfrentando meus  inquietos
pensamentos,jogou-me os cabelos para trás,de forma 
quase angelical,como um presente, o seu amor foi 
trazendo...
Fechei meus olhos para recebê-lo,era tão suave ,tão 
bento...
Respirei fundo,pensando no firmamento,novos ares!
Em particular sensação,pude largar os sentimentos 
ansiosos,pude mover-me em calmaria...em um momento
de distração...Nossa!!!Na onda do silêncio,quase deixei
o amor cair ao chão!