sexta-feira, 6 de março de 2015

O galo

No interior quando um galo canta,nos diz que já é hora,
nos diz que o sol rompeu a aurora e que as  brisas  foram 
transformadas em leve frescor! A noite foi-se embora...
O verde  inaugura nova paisagem resplandecendo em luzes.
A certeza da semente está estampada sobre a mesa,no café,
no pão...o trigo!
No interior  é assim, um festival de sabores,de alegrias há muito
já esquecidas, simplicidades... alimentos ,feitos de amor!
O fogão  não é um fogão qualquer, é um fogo preparado sem 
preguiça, é o trabalho do lenhador!
Quando o galo  canta é de felicidade pela vida ressurgida...e 
suas penas coloridas  pelo orvalho  são ativadas em brilhos
de sol ... Seu canto, diz que já é hora de mais trabalho...No campo 
é assim,suor do agricultor misturado ao cheiro do capim...é como
se vive no interior...Como se o tempo tivesse significado diferente ,
mostrando  de cada grão do milho, o seu valor.Como se a distância 
nos tornasse independentes...quando o galo canta, nem de longe  nos
lembramos do despertador, só ouvimos com ele a emoção, no toque
mais forte do coração!
No interior, não tem caipiras, tem gente hipnotizada pelas brasas
do carvão, acesas lá no fogão...Tem gente e perfume de rosas, ainda
em botão, feito as meninas faceiras com vestidos de algodão. Tem o
radinho de pilhas para inovar  informação... o porquinho  bem 
atrevido e a luz de lampião.No interior, tem de tudo,só não tem o
homem surdo para natureza em ação... e o dinheiro, coitados, só dá 
para o farelo do galo, que canta com gratidão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário