No meio da multidão há um apego
inexplicável ....
Há um surto irremovível de vontades
físicas, visuais, atônitas, cruéis e também
famintas...cheiros!
Há pavores devorando as calçadas frias
e ao mesmo tempo, um fogo ardendo em
pensamentos, anseios por espaços, por
tempo, por sombras ou beiras para se
esconder das chuvas...apegos em braços
perdidos por cegueiras múltiplas...há um
inexplicável silêncio momentâneo, um surto
repentino de buzinas e uma tremenda falta
de afeto, combinado com ligeira loucura...
Há palhaços, malabares, petições de dinheiro!
Há na multidão uma magia insana que embriaga
os sóbrios, confunde os largados e acolhe os que
são nobres, mas, há os que cuidam dos pobres e
desabrigados...A multidão como clemência, é a
divergência acumulando pressão...e todos nós,
amiúde, somos o eco da razão explícita da nossa
maioridade.
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