terça-feira, 29 de abril de 2014

Multidão...

No meio da multidão há um apego
inexplicável ....
Há um surto irremovível de vontades 
físicas, visuais, atônitas, cruéis e também 
famintas...cheiros!
Há pavores devorando as calçadas frias 
e ao mesmo tempo, um fogo ardendo em 
pensamentos, anseios por espaços, por 
tempo, por sombras ou beiras para se 
esconder das chuvas...apegos em braços 
perdidos por cegueiras múltiplas...há um
inexplicável silêncio momentâneo, um surto 
repentino de buzinas e uma tremenda falta 
de afeto, combinado com ligeira loucura...
Há palhaços, malabares, petições de dinheiro!
Há na multidão uma magia insana que embriaga
os sóbrios, confunde os largados e acolhe os que
são nobres, mas, há os  que cuidam dos pobres e 
desabrigados...A multidão como clemência, é a 
divergência  acumulando pressão...e todos nós,
amiúde, somos o eco da razão explícita da nossa
maioridade. 

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