sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O moribundo...

Na solidão das ruas e avenidas, anda.
Sob o pretexto de que seus pés  são as
diretrizes, e que só um verbo o comanda,
O verbo continuar...
Não olha para  trás, pois, assim  não
sofre, não tem do que  se  arrepender. 
Caminhando, reflete por um tempo os
desatinos, mas  não olha  para  trás, 
temendo  ver as lágrimas de angústias,
derrama as gotas  no sereno frio  da
alta madrugada. Foge, foge de tudo e
de si mesmo,  não olhando para  trás.
Adormece  sonhando, com um sonho
qualquer... mas um sonho  bom...
Um sonho  livre e sem falsa
ilusão...Até sorri sob a Lua!  Com olhos
pesados ...não deve satisfações, não é
eleitor...não paga impostos, não tem o
pão...Ah!... mas não olha para trás, pois,
se chora, suas lágrimas confundem - se
com o chão...   A  chuva  molhando  as
calçadas  apagam   as tristezas, e a  fome,
numa oração ...Ninguém vê!
É natal...chorar por quê ?

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