sábado, 22 de outubro de 2016

Anjos...

Frente,  verso,  avesso ou oposto, o que há
de bom e o  que há de certo...
Com identidades, mas sem rostos, com olhos
de luz! Só o que vem de dentro é permitido,
só o que não se confunde, sem atritos, com fé!
Somente  o  que é  supremo e trazido da paz,
só o que se grava ao fundo,  com liberdade...
Frente que absorve tudo, verso  da verdade, que
é  o inverso mudo...
Avesso que se expõe e que se opõe  num 
grito agudo!
Supremacia divina,  em vidas  que se repartem,  
em vidas que se iniciam, e em mortes que se 
anunciam, sem medos...
Vidas sem rostos, não se veem, mas  se esbarram, 
não se confundem, mas se misturam  no escuro, 
e se revelam.
Almas que passeiam no eterno e se vestem 
do  que é belo,  do  que  é  simples.
Assim são anjos,  descalços ou com chinelos!
Frente ou verso, avesso ou  opostos, sempre 
estão certos, não têm rostos, mas se identificam,
se afirmam, nunca oprimem, são leves...soltos!
Habitam nosso mundo rude, sem deixar marcas 
ou apegos, não se fixam em rostos, mas se definem,
e se expressam em fontes de  amor sincero.
Anjos! Um dia o seremos, sem rostos, porém, 
identificados pelo coração, em cada vez que ao
necessitado estendermos nossas mãos!

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