sábado, 6 de junho de 2015

lucidez...

Nasce, morre e volta, se esconde. Até onde sacrifícios?
Nasce, cresce e concorre, estremece... se faz e adormece.
Se muda pra longe... Até onde?
Nasce e  renasce, atravessa o dia e escurece nas ruas.
Solidão... se embriaga... até onde ? É doença? É vício?
Nasce, transborda e viaja, navega por águas, cavalga
por montes, até onde?
Nasce e renasce.... muito mais do que antes, naufraga 
e sofre, até onde?
Nasce e planeja, sustenta e renega. O fogo o consome e
então some, até onde?
Até onde vai a vertigem do ser, a fome,  o querer?
Até onde a maré vai subir sem que se afogue numa espuma
de praia? ... Até quando a areia quente espalhada  apagará
seus  rastros ? Até onde?
Até que se ria de mim, de você ou do mundo... Até que
ninguém mais se importe? Até onde seus olhos enxerguem,
ou não! Até que tudo esteja  consumado. Uma dose? 
Até onde é o limite do infortúnio? Para onde vão todos os
passos desequilibrados? ...Desavisados, bêbados  e loucos conseguem ir? 
Até onde? Trançando  caminhos ? Haverá nos bolsos convites 
ao céu quando a lucidez  retornar?  Existirão aplausos ou paz ?
Irão continuar carregando um  dragão no sopro?... Até onde?
Beberão! Brindarão as fantasias e  permanecerão iludidos com
seus próprios manifestos de indignação, na soleira da porta
temporal dormirão ... Até quando?

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