segunda-feira, 24 de março de 2014

Falar?

Falar do quê? Se o amor enrijeceu,  tornou-se a
dor do mundo...
Falar das mágoas? Falar das crianças sem pais?
E se falássemos de toda a terra, da falta de consciência,
no valor das águas... E quanto aos pássaros sem ninho, por
causa das queimadas? Falar dos animais?Quais?
Nas florestas, até as  madeiras nobres, agora, pobres!
Precisam ser recicladas...foram derrubadas!
Falar das modéstias, que não existem entre os que mais
desfilam com bolsos cheios, muitas vezes, de coisas que não
são deles! Levantam narizes, humilham gentes, como se
fossem Deus?
E se falássemos das guerras, que se encerram nas
piores tragédias, na tragédia do egoísmo, do poder e
do terror!
Da fé enganosa, que só explora inocentes?
Falar do quê? Se a fome e o medo, não nos atinge,
nem nos constrangem...
Falar do quê? Se o amor se escondeu, e nas trevas do
orgulho  enrijeceu!

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